Carlos Simões Pereira nasceu em Loriga em 9 de Agosto de 1890.
Segundo se sabe, parece ter nascido para a música e, quando surge a ideia da fundação da Banda nesta vila, passou logo a fazer parte dela, aprendendo música com o mestre espanhol que viria a ser o primeiro regente. Eram tão grandes as suas qualidades para a música, que depressa aprendeu o suficiente e, em 1911, com apenas 21 anos, passou a ser o regente da Banda Musical de Loriga funções que viria a desempenhar até 1914.
Emigrou um dia tendo como destino o Brasil, onde esteve sempre em contacto com a música, fazendo mesmo parte e sendo até regente de diversas tunas. Regressou a pedido da família mas, mais tarde, partiu novamente, desta feita até ao Congo (África), mas só, que por lá, não esteve tão perto da música como desejaria.
Regressou a Portugal e a Loriga por altura de 1937, e é ainda com mais intensidade que se dedica à música, e entra novamente como músico na Banda da sua terra ocupando-se, também, a ensaiar o Grupo Coral da Igreja Matriz. Era homem de verdadeiro sentido de interpretação musical, exigente, disciplinado e educador, ficando para sempre ligado como uma legenda pelas gerações de músicos que com ele muito aprenderam e, que a instituição musical desta localidade muito lhe ficou a dever. Pensou e reuniu uma série de músicas brasileiras que depois transcreveu para a banda executar com o título de Rapsódia Brasileira, assim como, copiou e aperfeiçoou muitas peças musicais, algumas das quais foram tocadas pela Banda de Loriga.
Foi regente da Banda Musical de Loriga, de 1911-14; de 1922-24; de 1951-61 e de 1966-68, era também, acima de tudo, um cristão convicto que muito fez pela igreja da sua terra, tendo ainda, e durante muitos anos, desempenhado as funções de Regedor da Freguesia.
Nos anos da década de 1950 e principio de 1960, consegue elevar a Banda Musical de Loriga a altos níveis e que ficaram famosos na história desta instituição. Entre outros feitos, recorda-se quando, entre muitas outras Bandas, foi a Banda Musical de Loriga honrada a tocar o Hino Nacional ao Cardeal António Cerejeira nas Festas da Rainha Santa realizadas em Coimbra no ano de 1956.
O "Mestre Carlos" como popularmente era chamado, deixa de colaborar na Banda já velhinho, afastando-se completamente aos oitenta anos, vindo a falecer em Loriga no dia 13 de Agosto de 1977 com 87 anos.
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